O Município de Anadia inaugurou esta quinta-feira, 9 de maio, feriado municipal, a requalificação ambiental e paisagística do Monte Crasto, num investimento que rondou os 750 mil euros. O próximo passo é a criação do Centro Interpretativo do Monte Crasto, anunciou a presidente da Câmara Municipal, Maria Teresa Cardoso, que deverá arrancar até ao final do ano.
O objetivo do Município foi o de transformar aquela zona, no centro da cidade, num espaço verde urbano, dotado de trilhos e circuitos de manutenção, miradouro com vista panorâmica sobre a cidade e a zona serrana, espaços de lazer e de merendas, em sintonia com a valorização e conservação dos recursos naturais e históricos.
O circuito de manutenção contempla 13 estações distribuídas por toda a envolvente do Monte Crasto, proporcionando aos seus utilizadores a descoberta de todo o património natural e histórico existente no local.
O presidente da União de Freguesias de Arcos e Mogofores, Fernando Fernandes, sublinhou que “este é um espaço de todos e para todos”, considerando que é “uma mais-valia para a freguesia e para todo o concelho”. Mostrou alguma apreensão, nomeadamente devido a eventuais atos de vandalismo que possam vir a acorrer, afirmando que “todos nós teremos que ser responsáveis por este espaço”, alertando ainda para “a necessidade de preservar o Monte Crasto”.
A presidente da Câmara Municipal, Maria Teresa Cardoso, realçou a importância da intervenção, explicando que “o nosso principal objetivo nesta intervenção era apenas o da requalificação deste espaço, por forma a dar-lhe uma maior dignidade, tornando-o seguro, aprazível e de fruição para todos os anadienses e para os que nos visitam”.
A autarca deu ainda a conhecer que, “houve necessidade de realizar sondagens arqueológicas, de que resultou a recolha de alguns vestígios que se encontram em exposição na sede da União de Freguesias de Arcos e Mogofores, no Centro Cultural, e que podem ser visualizados pelos interessados”.
Maria Teresa Cardoso anunciou que numa segunda fase “será feita uma intervenção na Capela de S. Bento”, localizada no interior do cemitério do Monte Crasto, que se apresenta bastante degradada. A terceira fase “será a criação do Centro Interpretativo do Monte Crasto que ficará localizado no palco existente que será fechado”, adiantou ainda. “Queremos fazer deste Centro também uma zona de visitação, onde será dada a conhecer um pouco da história e do que foi o passado do Monte Crasto, valorizando-o, nas diferentes dimensões”, afirmou.
Esta empreitada surgiu em linha de complementaridade com outras obras de requalificação urbana já levadas a cabo por esta autarquia, nomeadamente as requalificações da Rua Júlio Maia, da Rua Justino Sampaio Alegre e o Parque Urbano de Anadia.
O Monte Crasto é um local privilegiado do ponto de vista estratégico, tanto pelas condições naturais de defesa como pela localização. Este ponto geográfico destaca-se no vale plano que acolhe a sede do concelho e as povoações limítrofes, dali se avistando a paisagem em redor, numa vasta extensão.